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A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou nesta segunda-feira (8) que a produção e a venda de veículos no Brasil caíram em novembro – o que fez a entidade rever suas projeções sobre o desempenho do setor automotivo.

Na produção, a queda foi de 8,2% em relação a novembro de 2024, caindo de 238,7 mil para 219,1 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus; comprando com outubro, o recuo foi de 11,6%.

As vendas caíram 8,5% na comparação mensal e recuaram 5,9% na relação anual, para 238.564 veículos, afirmou a entidade. Em novembro, houve quatro dias úteis a menos ante outubro, o que a Anfavea afirma ter impactado a produção em 40 mil a 50 mil veículos.

“A nossa projeção, que era de 7,8%, muito provavelmente não vai se realizar diante dos resultados que temos acumulado até o mês de novembro. Temos um ano que a produção vai ser maior do que a do ano passado, mas acompanhado uma queda desse valor mês após mês”, Igor Calvet, presidente da entidade.

O crescimento acumulado de janeiro a outubro, também comparado com mesmo período do ano passado, foi de 5,2%, já abaixo da expectativa oficial da entidade, de avanço de 7,8% para 2 milhões 749 mil unidades até dezembro.

Principal ponto apontado pelo executivo para o declínio é taxa de juros. “Em novembro de 2024, nós tínhamos uma taxa Selic de 11,3% [ao ano], hoje temos 15% [ao ano]. Lá em novembro de 2024, nós tínhamos uns juros para a pessoa física de 26%, 26,4%. Agora, temos juros de 27,4%”, recordou.

Calvet também destacou que a crise dos chips arrefeceu. “Muitos sistemistas disseram que melhorou bastante, mas ainda há questões de fluxo que não foram retomadas completamente. Mas não vejo a crise que tivemos um mês atrás”, avalia.