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Transporte Aquaviário

Paraíba: construção do Porto de Águas Profundas é discutida

Projeto de R$ 4,2 bilhões no litoral Norte volta a ser inserido na agenda econômica do estado

10/03/2020 18h02

Foto: Divilgação

O projeto de construção do Complexo Industrial e Portuário da Paraíba, mais conhecido por Porto de Águas Profundas, voltou a ser discutido na agenda econômica do Governo da Paraíba. O projeto, concebido há quase uma década, foi apresentado nesta segunda-feira (09), no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba, Asplan, em João Pessoa. Diversas autoridades estiveram presentes ao evento.

A retomada do projeto começou a ser discutida ainda no ano passado, quando foram realizadas reuniões capitaneadas, inicialmente, pela prefeitura de Mataraca, com apoio da Federação dos Municípios da Paraíba (Famup), e depois com a colaboração de órgãos e empresas privadas de vários setores que utilizam portos de outros mercados para exportar seus produtos ou receber insumos e equipamentos.

A concepção do projeto conceitual custou R$ 10 milhões aos cofres públicos e agora precisa de uma parceria público-privada para ser executado. A empresa vencedora da licitação para concepção do projeto conceitual foi a DTA Engenharia, de São Paulo. Na época, a empresa estudou a viabilidade de instalação do Complexo nos municípios de Mataraca, Pitimbu, Lucena e Baia da Traição.

Mataraca somou a maior parte de pontos nos critérios técnicos de viabilidade (45 pontos) e tem as melhores condições de atingir a profundidade de 15 metros. “Em Mataraca, com apenas 7,4 km, a gente chega a atingir 15 metros. Nas demais localidades estudadas, teríamos que percorrer 11 km para atingir a mesma profundidade”, explicou o consultor técnico e engenheiro Newton Marinho Coelho, que fez a explanação do projeto. Segundo ele, o Porto de Águas Profundas terá capacidade para receber até oito navios de forma simultânea, com uma área de 2.120 metros de atracagem e não interferirá na fauna marinha.

Para o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Alberto Athayde, a construção do porto vai impactar positivamente o agronegócio paraibano. “Hoje nós temos várias empresas do setor que têm que enviar os seus produtos para Suape, em Pernambuco, ou para o porto do Ceará para poder exportar. Isso tem um custo caro. Então nossa expectativa é muito alta em relação à retomada desse projeto”, avaliou. O diretor da Faepa destacou ainda que a Paraíba exporta inúmeros produtos do agro, a exemplo de frutas variadas (mamão, abacaxi, entre outros), além do etanol, frango e derivados.

Para concretizar a execução do projeto, os próximos passos serão audiências com o governador João Azevêdo, além de reuniões na Secretaria Nacional de Portos e no Ministério da Infraestrutura, em Brasília.