05/03/2020 06h27
Foto: Divulgação
A Marinha do Brasil assina nesta quinta-feira (5), no Arsenal da Marinha, que fica na Ilha das Cobras no Rio de Janeiro, o contrato com o consórcio Águas Azuis, que venceu a licitação para construir quatro navios militares. As embarcações, do tipo corveta, serão produzidas no estaleiro Oceana, em Itajaí. O contrato é estimado em US$ 1,6 bilhão – um projeto que promete dar nova vida à indústria de construção naval, movimentar empregos e uma cadeia de suprimentos pelo Estado.
A construção das corvetas deve gerar 2 mil vagas de emprego diretas em Itajaí, e até 8 mil vagas indiretas. A expectativa é que a contratação ocorra em 2021, quando o projeto executivo das embarcações estiver concluído.
A expectativa era que o contrato fosse assinado ainda no ano passado, mas uma denúncia do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco, que questionou a licitação ao Tribunal de Contas da União (TCU), atrasou o processo. No fim de novembro, a representação foi arquivada.
A assinatura, no entanto, dependia do alinhamento de uma série de itens. Não é um contrato comum: a Marinha escolheu o projeto da corveta alemã Mekko 100, e adaptou os itens da embarcação, um a um, às necessidades brasileiras.
A construção dos navios prevê transferência de tecnologia entre Alemanha e Brasil - o consórcio Águas Azuis é capitaneado pela Thyssenkrupp e pela Embraer.