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Um em cada quatro consumidores brasileiros (26%) afirma ter sido vítima de fraude ao longo do último ano. É o que revela o Relatório Varejo 2023, levantamento realizado pela Adyen, plataforma de tecnologia de pagamentos utilizada pelas principais empresas do mundo, em parceria com a Opinium Research LLP e Censuswide, com 2 mil consumidores e mais de 500 comerciantes brasileiros. A média de prejuízo foi de R$ 853 por pessoa.

O problema também atinge os varejistas: 36% afirmam que as tentativas de fraudes aumentaram no último ano, tornando-se o segundo maior risco aos negócios, atrás apenas da redução do poder de compra causada pela inflação.

O estudo ainda detalha quais os tipos de golpes mais utilizados contra os comerciantes. Mais de um terço dos varejistas (35%) admite que os fraudadores estabelecem uma réplica de seu site oficial para enganar seus clientes. Já 22% alegam que sua empresa passou por "fraude de afiliado", quando os fraudadores manipulam tráfegos ou inscrições.

O crescimento desse tipo de ação resulta em investimentos e prejuízos para os comerciantes. Mais da metade dos participantes da pesquisa (51%) diz que transações fraudulentas e estornos são fatores significativos para o custo do negócio. Com isso, os mesmos 51% afirmam que estão dobrando o número de funcionários no setor de fraude e risco em 2023.

"Estar um passo à frente e sempre atento às ações dos criminosos virtuais é vital para os negócios. Contar com ferramentas e programas de proteção eficazes para proteger as informações sensíveis da empresa e dos clientes ainda é o melhor caminho. No ato de uma compra, os clientes abrem dados pessoais que são importantes para eles e esperam que suas marcas de confiança estejam fazendo o possível para protegê-los", comenta Thais Fischberg, presidente da Adyen América Latina.

As constantes tentativas de fraudes estão deixando o brasileiro mais atento e receoso. Por isso, 68% dos consumidores acreditam que o risco de fraude está tornando as compras online menos atraentes. Outros 38% afirmaram que são conservadores na hora de adotar novas formas de pagamentos ou novos hábitos de consumo digital por medo de sofrer fraudes, e 31% não permitem que seus dispositivos lembrem detalhes de pagamento como precaução.

Os esforços dos comerciantes para evitar prejuízo de ambos os lados estão sendo reconhecidos pelos clientes, apesar de desejarem mais transparência das ações que estão sendo tomadas. O estudo mostra que 37% dos consumidores gostam quando os varejistas pedem que comprovem sua identidade, usando autenticação de dois fatores, por exemplo. Para eles, essa ação lhes dá mais segurança e confiança.

Durante a pandemia, a Domino's Pizza teve um aumento de 82% no número de pedidos online. Junto à alta demanda digital, também cresceram as preocupações com segurança das transações, dados e informações. Após implantar a Revenue Protect, ferramenta de gerenciamento de risco inteligente da Adyen, que utiliza machine learning e inteligência de dados para detectar e prevenir fraudes, a rede de pizzarias viu seu número de transações autorizadas crescer em 10%, sem aumento de taxas de fraude e chargeback.

O Relatório Varejo 2023 foi realizado pela Adyen, em parceria com a Opinium Research LLP e Censuswide, e reúne respostas de 36 mil consumidores em 26 países e mais de 12 mil comerciantes de 24 países entre fevereiro e março de 2023. Os entrevistados foram incentivados a participar.