Foto: Rodrigo Nardelli - G1

A Operação Santos, coordenada pela Marinha do Brasil, resultou em 69 abordagens a embarcações no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Destas, 31 serão investigadas por suspeita de cometer alguma irregularidade. As fiscalizações foram realizadas, entre terça (27) e quinta-feira (29), por equipes de nove autoridades portuárias e ambientais, além do apoio de aeronaves.

A operação envolveu equipes do Grupamento de Patrulha Naval Sul Sudeste, que pertence a Marinha, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Santos Port Authority (SPA), da Anvisa, Alfândega da Receita Federal, Polícia Federal (Nepon), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Polícia Militar Ambiental, Fundação Florestal e Força Aérea Brasileira (FAB).

Os fiscais tinham quatro objetivos: inspecionar navios mercantes, atracados e fundeados, a fim de verificar a lavagem de porões e descarte de líquidos no mar, coibir a pesca ilegal e predatória, inibir a invasão de área de plataformas de petróleo e combater o tráfico internacional de drogas. A fiscalização foi realizada em embarcações na área de fundeio do Porto de Santos e também as que estão trafegando na região.

Segundo o Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste, durante os três dias, foram realizadas 69 abordagens a embarcações, sendo 33 navios mercantes, nove embarcações para transporte de passageiros, 20 embarcações pesqueiras e sete embarcações de apoio portuário.

O Ibama recolheu documentações de 31 navios vistoriados, que podiam apresentar alguma irregularidade. Entre os problemas, estaria o possível descarte irregular de resíduos de limpeza de porões no mar e também questões relacionadas a limpeza de casco do navio.

"Não significa que os 31 estão irregulares. Vamos analisar, avaliar os documentos que foram apresentados. Vamos poder fazer a lavratura dos autos, a quem couber", explica a agente federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama, em Santos.

Sem água e alimentos

Um dos navios vistoriados foi o cargueiro Srakane, de bandeira panamenha. Ele foi encontrado sem combustível e com sistema de esgoto já saturado. Cerca de 20 tripulantes, da Geórgia, estavam sem alimento e água potável a bordo, segundo o Ibama. Autoridades afirmam que já entraram em contato com a Embaixada da Geórgia para repatriação dos tripulantes.

"Fizemos a vistoria, o Ibama e a Anvisa. Eles receberam água e comida. Agora, estão sendo feitas as exigências das autoridades competentes", disse Ana Angélica.

Fonte: G1