23/11/2025 08h25
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Em setembro, o tráfego total de passageiros com origem, destino e dentro da região atingiu 35,8 milhões, um aumento de 2,5% em comparação com setembro de 2024, equivalente a 874 mil passageiros adicionais. Esse aumento concentrou-se inteiramente no tráfego intrarregional, impulsionado pelos mercados domésticos do Brasil e da Argentina, que representaram 87% do crescimento líquido.
A oferta de voos cresceu 0,7% em relação ao ano anterior, enquanto a capacidade total (lugares) aumentou 1,8%, refletindo a utilização de aeronaves maiores, com uma média de 160 lugares por voo em comparação com 158 em setembro de 2024.
Resumo dos indicadores
Brasil e Argentina lideraram o crescimento de passageiros
O Brasil foi o mercado que mais contribuiu para o crescimento regional em setembro, com 838 mil passageiros adicionais (+8,4% em relação ao ano anterior). O mercado doméstico atingiu um recorde em setembro (8,5 milhões de passageiros, +7,7% em relação ao ano anterior), sendo mais uma vez o mercado doméstico de crescimento mais rápido entre os seis maiores do mundo, segundo a IATA. O segmento internacional cresceu 11,2%, impulsionado pela chegada de mais de 451.350 turistas internacionais por via aérea, 26,6% a mais do que no mesmo mês do ano anterior.
A Argentina também apresentou um desempenho sólido, com crescimento anual de 13,4% (doméstico +11,7%, internacional +15,4%). Setembro registrou o maior fluxo de passageiros da história, superando os níveis de setembro de 2019 em 9%. Entre janeiro e setembro, a Argentina acumulou 24,5 milhões de passageiros (+15% em relação ao ano anterior).
A contração moderada no México, Colômbia e Chile
Os três mercados, que ocupam o 2º, 3º e 6º lugar em volume de passageiros na região, registraram uma contração combinada de 0,7% em relação a setembro de 2024, subtraindo cerca de 110.000 passageiros do total regional.
No México, o tráfego total atingiu 8,5 milhões de passageiros (-0,2% em relação ao ano anterior), com um aumento marginal de 1,1% no mercado doméstico e uma queda de 1,9% no segmento internacional. O tráfego com os Estados Unidos, o terceiro maior parceiro comercial da região, diminuiu 3,5% em relação ao ano anterior, após a leve recuperação observada em agosto. Em contrapartida, o tráfego entre o México e o Canadá, que representa 36% do total de passageiros da América Latina e do Caribe com destino ao Canadá, cresceu 13,1% após a leve contração registrada em agosto.
Na Colômbia, o tráfego aéreo total caiu 0,4% em relação ao ano anterior, marcando dois meses consecutivos de declínio. O mercado doméstico apresentou queda de 2,4% em comparação com o ano anterior, enquanto o mercado internacional cresceu 2,4%, impulsionado por um aumento de 7,6% no número de voos operados para o Panamá (+6,5%), Peru (14,3%) e Equador (18%). Durante os primeiros nove meses do ano, o tráfego doméstico na Colômbia apresentou crescimento anual apenas em janeiro (+3,5%) e julho (+0,6%). Nos sete meses restantes, o mercado doméstico colombiano registrou quedas, e o número acumulado de janeiro a setembro mostra uma redução de 2% em relação a 2014. Nesse mesmo período, seis das dez rotas domésticas mais importantes registraram quedas em relação ao ano anterior.
O Chile registrou seu segundo resultado negativo do ano em número total de passageiros em setembro de 2025 (-3,2% em relação ao ano anterior). O tráfego doméstico, que representou 57% do total, caiu 3,3%, enquanto o tráfego internacional teve seu primeiro resultado negativo de 2025, com queda de 3,1% em relação ao ano anterior.
“O crescimento de setembro concentrou-se nos mercados domésticos e nas rotas regionais, com o Brasil liderando o aumento. No entanto, esse ritmo pode ser interrompido se medidas que limitam a liberdade comercial, como o Projeto de Lei nº 5.041/2025, forem aprovadas. A aviação latino-americana precisa de políticas que promovam a concorrência e a eficiência, não de regulamentações que aumentem o custo do serviço e reduzam as opções dos passageiros”, afirmou Peter Cerdá, CEO da ALTA.
Panamá e República Dominicana
Na América Central, o tráfego de passageiros de e para a sub-região cresceu 5,6% em relação ao ano anterior, liderado pelo Panamá (+9,3%, 1,72 milhão de passageiros). Costa Rica (+4%) e Guatemala (+2,9%) vieram em seguida. El Salvador, o terceiro mercado mais importante da América Central, registrou uma queda de 5,6% em relação ao ano anterior.
No Caribe, a República Dominicana liderou o crescimento, com 1,22 milhão de passageiros, representando um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior. O número de voos operados para os Estados Unidos aumentou 10,4%, marcando o quarto mês consecutivo de crescimento e o segundo maior até agora neste ano. A Jamaica manteve-se praticamente estável com 423.000 passageiros, uma queda marginal de 0,3%.