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Logística

Origem investirá R$ 3,9 bi em estocagem de gás em Alagoas

O projeto de estocagem subterrânea de gás natural conta com um joint venture

18/07/2025 09h17

Foto: Divulgação

A Origem Energia planeja investir R$ 3,9 bilhões, US$ 700 milhões no câmbio atual, em projetos de termelétricas e de estocagem de gás no estado de Alagoas, anunciou o CEO Luiz Felipe Coutinho.

Os projetos de geração termelétrica vão disputar o LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência), ainda em preparação pelo MME (Ministério de Minas e Energia) após adiamento em junho. As térmicas, a serem instaladas em cima do poço, no modelo “reservoir-to-wire”, (do reservatório para o fio) respondem pela maior parte do investimento, R$ 2,8 bilhões (US$ 500 milhões). “O objetivo é tornar Alagoas uma bateria do sistema elétrico brasileiro”, afirma Coutinho.

Estocagem de gás
Mais encaminhado, o projeto de estocagem subterrânea de gás natural conta com um joint venture com participação da transportadora TAG e está orçado em R$ 1,1 bilhão (US$ 200 milhões). A iniciativa obteve na terça-feira (15) a licença ambiental prévia do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Alagoas), a primeira das três necessárias para o licenciamento completo. Falta, ainda, a autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Nesse caso, a TAG responde por parcela importante do investimento e a Origem entra, principalmente, com os poços depletados do Polo Alagoas – aqueles que já não são mais economicamente viáveis. As estruturas foram compradas da Petrobras em 2021 dentro de um pacote que custou US$ 300 milhões e incluía concessões produtivas, além de infraestrutura de tratamento e escoamento de gás.

A capacidade de armazenagem dos reservatórios depletados do Polo de Alagoas gira em torno de 1,5 bilhão de metros cúbicos, mas esse volume potencial para estocagem deve ser usado gradualmente.

O gás estocado pode servir a uma série de negócios, desde as próprias termelétricas planejadas pela Origem, quanto para armazenar a produção da companhia ou de petroleiras que poduzem gás associado a petróleo em períodos de baixa demanda. Sobretudo para essas empresas, com fluxo contínuo de produção, o negócio é disruptivo.

Principal foco da Origem no momento, o Polo Alagoas, na Bacia de Sergipe-Alagoas, produz hoje 1,6 milhão de metros cúbicos de gás por dia e 3,7 mil barris de petróleo. Mas a companhia também tem concessões nas bacias Tucano Sul (BA), Recôncavo (BA), Potiguar (RN) e Espírito Santo (ES).

Fonte: Agência iNFRA