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Transporte Aéreo

Oferta de voos domésticos no Brasil segue estagnada

Um estudo recente da consultoria OAG aponta para uma “acomodação do mercado”

13/08/2025 10h43

Foto: Divulgação

Os voos domésticos no Brasil têm crescido e se recuperado após a pandemia de coronavírus, mas ainda não atingiram o recorde histórico de 2015. Um estudo recente aponta para uma “acomodação do mercado”.

Em 2015, período pré-crise, foram ofertados 261 milhões de assentos em voos domésticos no país, segundo dados divulgados pela consultoria OAG, uma das mais reconhecidas do setor aeronáutico. No auge da crise econômica de 2016, esse número caiu para 231 milhões, subindo para 238 milhões no período pré-covid.

Com a chegada da pandemia, a oferta despencou para 122 milhões de assentos anuais, mas se recuperou rapidamente, tornando-se um dos mercados que mais rapidamente se reconstruíram no mundo. Em 2023, o volume voltou para a faixa de 238 milhões, porém estagnou, repetindo praticamente o mesmo patamar em 2024. “O Brasil tem a 5ª maior capacidade no setor aéreo doméstico no mundo, mas, ao contrário de outros mercados, o número de assentos ainda está 9% abaixo do registrado em 2015”, destaca a OAG.

O índice de “propensão para voar” da OAG, de 0,5 — calculado a partir da relação entre passageiros transportados e população —, indica que o Brasil ainda tem margem para crescimento no setor doméstico. O resultado está distante do observado nos Estados Unidos, onde, em média, uma pessoa voa 2,5 vezes ao ano, realidade de um país mais rico e desenvolvido.

No entanto, é possível alcançar números mais próximos do México, cuja economia e quantidade de companhias aéreas se assemelham às brasileiras, mas que apresenta índice de 0,8 voo por pessoa ao ano. Porém a OAG também destaca que “em 2025 é esperado que a capacidade cresça no comparativo ano a ano, mas ainda não deve atingir o ponto máximo anterior”.