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A adoção da Inteligência Artificial (IA) avançou de forma acelerada nos últimos anos, mas a maioria das empresas ainda enfrenta dificuldades para transformar a tecnologia em valor econômico concreto. Nove em cada dez organizações já utilizam algum tipo de IA, especialmente em áreas como marketing, atendimento ao cliente, desenvolvimento de produtos e operações.

Os dados são do relatório The State of AI: Global Survey 2025, da McKinsey & Company, que ouviu quase dois mil executivos em mais de 100 países sobre o uso da tecnologia nos negócios. Apesar da ampla adoção, apenas 39% afirmam ter registrado impacto positivo direto nos resultados financeiros, enquanto a maior parte ainda opera projetos isolados, sem integração estrutural aos processos centrais da empresa.

A McKinsey aponta que companhias que tratam a IA como uma ferramenta pontual tendem a apresentar resultados limitados. Já aquelas que redesenham fluxos de trabalho, combinam automação com supervisão humana e investem em capacitação conseguem escalar o uso da tecnologia com mais consistência.

O relatório também alerta para os riscos da automação excessiva. A delegação irrestrita de tarefas cognitivas a sistemas inteligentes pode comprometer a qualidade das decisões e enfraquecer habilidades humanas essenciais, como pensamento crítico, julgamento contextual e criatividade. Por isso, os melhores desempenhos estão associados a modelos híbridos, nos quais a IA atua como suporte, e não como substituta das pessoas.