06/06/2025 11h06
Foto: Divulgação
O Mercado Livre reduz, a partir desta sexta-feira (6), o valor mínimo para isenção de frete de R$ 79 para R$ 19, o menor patamar já oferecido pela companhia. A meta é ampliar o volume de pedidos, atrair novos consumidores e aumentar a frequência de compras na plataforma.
“Agora quase qualquer compra no site vai ter frete grátis”, afirmou o vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, destacando que a empresa busca impulsionar a frequência de compras, especialmente em categorias de menor valor como moda, utensílios domésticos, beleza e decoração.
O executivo disse que a nova política vai reduzir o custo de envio, que é uma das principais “fricções” nas compras online, além de gerar efeitos positivos em cascata, como o aumento do número de clientes, da frequência de compras e da diversidade de categorias adquiridas por usuário. “É uma forma de seguir democratizando o acesso ao e-commerce no País e, na minha visão, é o anúncio de maior impacto que fizemos nos cinco anos em que estou aqui”, acrescentou Yunes.
A decisão de reduzir o valor mínimo para isenção do frete foi tomada olhando para os efeitos positivos previstos no longo prazo. “A transação de um produto de R$ 20 com frete grátis pode ser deficitária individualmente, mas o cliente passa a comprar mais, em mais categorias, e se torna rentável”, disse o vice-presidente.
Nesta sexta (6), coincidentemente (ou não), a rival Shopee realiza sua campanha 6.6, parte de uma estratégia recorrente da empresa de promover ações comerciais em datas com números repetidos, como 3.3, 4.4. Nessas ocasiões, a plataforma costuma oferecer frete grátis, cupons e descontos para estimular o consumo, especialmente em categorias de tíquete médio mais baixo.
Em certa medida, a escolha do Mercado Livre de lançar sua nova proposta justamente no 6 de junho reforça a disputa direta pela atenção do consumidor nas datas de alto tráfego no e-commerce.
Vendedores
A medida vem acompanhada de uma redução em até 40% dos custos de envio para os vendedores atuais e de 17% para os novos. Segundo a companhia, a mudança permitirá preços mais competitivos na plataforma, sem repasse do custo do frete aos lojistas.
Com isso, a companhia espera também que o crescimento no volume de vendas gere ganhos de escala em sua operação logística e valor adicional em outras frentes de seus negócios, como na plataforma de publicidade, Mercado Ads e nos serviços financeiros, como o Mercado Pago.
Já o diretor de Marketing do Mercado Livre, Cesar Hiraoka, afirmou que este é um movimento com investimento superior ao que a empresa fez na Black Friday de 2024. A companhia não revelou o quanto foi investido na ocasião.