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Sustentabilidade

Maior termelétrica a gás natural da América Latina é inaugurada

O empreendimento, construído no Porto do Açu (RJ), atende 8 milhões de residências

28/07/2025 11h29

Foto: Agência Nacional de Energia Elétrica - Divulgação

A maior usina termelétrica do Brasil será oficialmente inaugurada nesta segunda-feira (28), no Porto do Açu, localizado em São João da Barra, no norte do estado do Rio de Janeiro. O empreendimento integra o maior parque de geração a gás natural da América Latina com 3 gigawatts (GW) de capacidade instalada.

A cerimônia de inauguração contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Renan Filho (Transportes), Márcia Lopes (Mulheres), além de outras autoridades municipais, federais e estaduais.

Com investimento de R$ 7 bilhões, a UTE GNA II responde por cerca de 10% da geração a gás natural da matriz elétrica nacional. A nova usina, capaz de atender 8 milhões de residências com energia segura e confiável, foi selecionada como projeto estratégico do Novo PAC, o programa de aceleração do crescimento do Governo Federal.

Com a inauguração, a GNA II ultrapassa a usina Porto do Sergipe I e assume o posto de maior termelétrica do país. O empreendimento é operado pela Gás Natural Açu (GNA), uma joint venture formada pela Prumo Logística (controladora do Porto do Açu), a Siemens Energy, a petroleira britânica BP e a chinesa SPIC.

Uso de hidrogênio

Durante a fase de construção da GNA II, foram gerados cerca de 10 mil empregos, com oferta de cursos de qualificação gratuitos. A usina opera em ciclo combinado, com eficiência superior a 62% e possibilidade de uso de até 50% de hidrogênio em sua operação. É um passo importante rumo à transição energética. Quase 100% da água utilizada é proveniente do mar, preservando recursos hídricos.

A usina conta com quatro turbinas geradoras, sendo três a gás e uma a vapor, e opera em ciclo combinado, o que garante alta eficiência e redução de emissões. Cerca de 35% de sua capacidade instalada, o equivalente a 572 MW, são gerados sem consumo adicional de gás, dada sua eficiência superior a 60%. A planta foi projetada para operar com até 50% de hidrogênio em substituição ao gás natural, representando um passo importante rumo à transição energética.

Complexo

As usinas GNA I e GNA II somam um investimento de R$ 12 bilhões e capacidade instalada de 3 GW, energia para atender cerca de 14 milhões de residências. No período de maior demanda das obras, geraram 22 mil empregos diretos. A inauguração posiciona o Brasil como detentor do maior e mais moderno parque de geração a gás da América Latina, reforçando o papel do gás natural como combustível fundamental para a transição energética, por sua confiabilidade e menor emissão de carbono.