11/12/2025 14h48
Foto: Ilustrativa
Uma pesquisa realizada pela KPMG mostrou que o número de fusões e aquisições na Região Nordeste teve um aumento de cerca de 45% no terceiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. De julho a setembro, foram 26 transações concretizadas contra 18 no igual intervalo, respectivamente.
Dos nove estados da localidade, quatro registraram resultados positivos (Bahia, Ceará, Pernambuco e Piauí), três tiveram queda (Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba) e dois se mantiveram estáveis (Alagoas e Sergipe).
De acordo com o levantamento, a variação no comparativo dos trimestres foi a seguinte: Bahia passou de 4, em 2024, para 14, em 2025, um aumento de 250% Ceará, de 5 para 6 (20%), Pernambuco, 0 para 3 (300%) e Piauí, 0 para 1 (100%).
Já os três que tiveram queda foram Maranhão, que passou de 2, no terceiro trimestre de 2024, para 1, no mesmo período de 2025 (-50%); Rio Grande do Norte, de 4 para 0 (-100%) e Paraíba, 2 para 0 (-100%). Apenas Alagoas se manteve estável com um negócio concretizado e o Sergipe que não registrou operações, nos dois períodos.
Por outro lado, se compararmos o acumulado de nove meses deste ano, janeiro a setembro, com o do ano passado, o Nordeste passou de 59 operações de fusões e aquisições, para 68, um recuo de mais de 13%.
Brasil: 3º trimestre teve o melhor desempenho do ano
No terceiro trimestre deste ano, foram fechadas no Brasil 425 operações de fusões e aquisições (sendo 203 de private equity e venture capital). Este foi o melhor trimestre de 2025, já que nos períodos anteriores foram concretizados 330 (primeiro) e 409 (segundo) negócios.
Já no acumulado de nove meses deste ano, foram finalizadas 1.164 operações de fusões e aquisições, uma leve queda de 2,6% em relação aos mesmos meses de 2024, quando houve 1.196 transações, indicando um cenário de estabilidade. Se consideramos apenas os negócios envolvendo fundos de investimentos de private equity e venture capital, foram 566 (48,6% do total) contra 497 (41,6%), no acumulado dos respectivos períodos, um aumento de mais de 13%.
"A queda no número de fusões foi pequena e podemos considerar um cenário estável. Isso se deve ao contexto macroeconômico brasileiro que não está favorável, principalmente, relacionado à parte fiscal, assim como as taxas de juros brasileiras e mundiais. Por isso, não houve uma recuperação significativa em relação ao ano passado, apesar de o ticket médio por transação estar crescendo. Por outro lado, aumentou a participação de fundos de investimentos no total de operações concretizadas", analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.