11/07/2023 13h27
Foto: Tânia Rêgo - Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,08% em junho, 0,31 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,23%). É o que mostram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11). Desta forma, o país registra uma deflação após 10 meses seguidos.
Essa foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
“O IPCA de maio de 2023, de 0,23%, já mostrou uma forte desacelaração da inflação em relação ao IPCA de abril, que foi de 0,61%. Com base no que se consegue observar dos preços de junho, sem grandes intercorrências relevantes, já havia possibilidade real de deflação no período, ou seja, de uma inflação com sinal trocado, indicando que os preços médios da economia diminuiram”, explica Gilberto Braga, economista e professor do Ibmec RJ.
Vale frizar que o acumulado em 12 meses ficou primeira vez abaixo da meta anual – a meta de inflação, segundo o Banco Central, é de 3,25%, para 2023. O índice também é motivado pela redução nos preços dos combustíveis e dos veículos novos e usados, já como reflexo da política de subsídio do governo, adiciona o professor.
O que ficou mais barato
Segundo o IBGE, a maior queda registrada foi no grupo Alimentação e bebidas (-0,66%), com destaque para baixa de preços da alimentação no domicílio (-1,07%). Os produtos que mais tiveram redução foram óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). No lado das altas, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) subiram de preço.