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A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou dados referentes a outubro de 2025 sobre os mercados globais de carga aérea. Especificamente, as companhias aéreas da América Latina registraram uma queda de 2,7% na demanda por carga aérea em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento mais lento entre todas as regiões, em linha com a América do Norte. Enquanto isso, a capacidade aumentou 2,8% em relação ao ano anterior.

Entretanto, a demanda global total, medida em toneladas-quilômetro de carga (CTK), aumentou 4,1% em comparação com os níveis de outubro de 2024 (+4,8% para operações internacionais). A capacidade, medida em toneladas-quilômetro de carga disponíveis (ACTK), aumentou 5,1% em comparação com outubro de 2024 (+6,4% para operações internacionais). A demanda por carga aérea cresceu 4,1% em outubro em relação ao ano anterior, marcando o oitavo mês consecutivo de expansão e estabelecendo um novo recorde mensal em termos de volume. 

Embora a rota comercial entre a Ásia e a América do Norte tenha estendido sua contração para seis meses, outubro registrou crescimento de dois dígitos ou próximo a dois dígitos na Ásia, entre o Oriente Médio e a Europa, e entre a Europa e a Ásia. 

“Essa mudança no padrão de crescimento demonstra que o transporte aéreo de cargas está permitindo que as cadeias de suprimentos globais se adaptem ao impacto das tarifas americanas. Essa notícia positiva é especialmente significativa, visto que o setor de frete aéreo entra em seu período de pico de remessas no quarto trimestre”, afirmou Willie Walsh, diretor-geral da IATA. 

Diversos fatores do ambiente operacional devem ser destacados: 

• O comércio global de mercadorias cresceu 3% em setembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 
• A produção industrial global aumentou 3,7% em setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, o ritmo mais acelerado desde março de 2025 e o melhor resultado mensal desde o final de 2022. 
• Os preços do querosene de aviação subiram 2,5% em outubro, apesar da queda do preço do petróleo bruto, e o aperto no mercado de diesel fez com que as margens de refino do querosene de aviação quase dobrassem em relação ao ano passado. 
• A confiança dos fabricantes globais fortaleceu-se ligeiramente em outubro, com o PMI subindo pelo terceiro mês consecutivo para 51,45. As novas encomendas de exportação recuaram ligeiramente para 48,31, permanecendo abaixo do limite de expansão de 50 pontos, refletindo a cautela contínua em meio à incerteza tarifária.

Resultados regionais em outubro

As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico registraram um aumento de 8,3% na demanda por carga aérea em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e a capacidade aumentou 7,3% em relação ao ano anterior.

As companhias aéreas norte-americanas registraram uma queda de 2,7% no crescimento do transporte aéreo de cargas em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o pior resultado entre todas as regiões, em linha com a América Latina. Enquanto isso, a capacidade aumentou 0,1% em relação ao ano anterior.

As companhias aéreas europeias registaram um aumento de 4,3% na procura de transporte aéreo de carga em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e a capacidade também aumentou 4,3% em relação ao ano anterior.

Em relação às companhias aéreas do Oriente Médio, elas registraram um aumento de 5,7% na demanda por carga aérea em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e a capacidade aumentou 10,0% em relação ao ano anterior.

Por fim, as companhias aéreas africanas registraram um aumento de 16,6% na demanda por carga aérea em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o maior aumento entre todas as regiões. A capacidade aumentou 20,0% em relação ao ano anterior. 

Fonte: Mundo Marítimos