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A idade não é tão avançada. Afinal, são apenas 26 anos de atuação. Mas levados em conta a expansão e o portfólio apresentados pela Craft no intervalo pode-se dizer que a multinacional brasileira de logística tem know-how e potencial de veteranas no segmento. A empresa especializada em transporte internacional de carga consolidada, via marítima e aérea, ampliou sua presença global desde 2020, ao expandir seus negócios aos Estados Unidos, além de acelerar a oferta de serviços entre portos norte-americanos, da América Latina, Europa, Ásia e África. As operações já atendem dez países, com 35 escritórios pelo mundo.

“O mercado sul-americano já é muito consolidado. A gente veio crescendo ao longo de 26 anos e meio de história”, disse à DINHEIRO Marcio Dias, diretor comercial. “Já a conquista do mercado norte-americano foi um sonho, a exemplo do crescimento por lá.” Tudo isso embalado pelo potencial de US$ 27 trilhões da economia americana.

A expansão pela Terra do Tio Sam começou em 2020, com a abertura de escritórios em Miami, Chicago e Nova York. O crescimento não parou por aí.
A empresa estabeleceu representação em Atlanta, Los Angeles e Charlotte. A estratégia consistiu em diversificar o portfólio com serviços que atendessem às necessidades dos clientes.
Já são mais de 100 opções entre operações de importação e exportação da modalidade LCL (carga consolidada de transporte marítimo).
A previsão para este ano é de ter mais um representante em Charleston, na Carolina do Sul.
E para dar conta do recado, mais de 100 colaboradores em dez países estão comprometidos na operação norte-americana, com foco em centros compartilhados de serviço em todos os países que atendem a cada mercado local.

O crescimento pelos Estados Unidos, de acordo com o executivo, se torna cada vez mais claro e potencial à medida que “vamos colocando as nossas raízes e consolidando”, disse.

Sem citar os percentuais, Dias revelou que os negócios no país tiveram alta de dois dígitos ao ano nas últimas três temporadas, tanto na importação quanto na exportação. “Agora, a estratégia de negócios para os próximos anos é ampliar ainda mais nossa atuação global, com presença nos principais trades do comércio internacional.”

“A estratégia de negócios para os próximos anos é ampliar nossa atuação global, com presença nos principais trades do comércio internacional”, disse Marcio Dias, diretor comercial da Craft

Um dos serviços destacados pelo diretor envolve importação de Nhava Sheva, na Índia, diretamente para Nova Iorque. “Com a abertura dos escritórios e o lançamento de serviços, estamos avançando de forma consistente. Em 2023, ultrapassamos a marca de 26 mil embarques realizados”, afirmou o diretor. Até mesmo os serviços mais tradicionais continuam em constante melhoria, como a operação para o Brasil.

Recentemente, a empresa lançou mais um serviço LCL do porto de Los Angeles, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, para Santos, com tempo de trânsito de aproximados 32 dias e frequência semanal. A nova rota ampliará ainda mais as opções para as empresas que operam neste trade para importação de menores volumes, mas que necessitam de agilidade.

Em 2023, a Craft já lançou um serviço exclusivo que conecta o porto de Miami, na Flórida, ao de Vitória, com tempo de trânsito de cerca de 23 dias e frequência quinzenal.

A empresa possui outra rota que opera entre Nova Iorque e Itajaí (SC), cujo tempo de trânsito é de aproximados 32 dias e com intervalo de operação quinzenal.

Hoje, a companhia é referência no segmento LCL no trade Estados Unidos/Canadá para o Brasil, com cerca de 30% de market share.

Atualmente, 45% dos negócios estão concentrados no Brasil. Os 55% restantes, de acordo com o empresário, estão divididos pelo mundo, mas especialmente nos mercados argentino e americano. “Temos outros mercados fortes como Colômbia, Peru, mas esses são os maiores mercados que temos hoje.” São mais de 700 origens nas importações, 800 destinos na exportação, 280 rotas marítimas e 245 aéreas.

Sem revelar percentuais, o diretor disse que a Craft tem crescido ano a ano. A quantidade de serviços é vista como fator fundamental para o crescimento dos negócios. Por quê? “Porque quando eu falo para você que a gente tem um escritório com três anos e já temos 100 serviços diretos, entre importação e exportação, esse serviço, quando ele é direto, obviamente tem um tempo de trânsito menor”, afirmou Dias.

E tempo de trânsito menor, na visão dele, significa uma mercadoria chegando mais rápido na cadeia do produtor. “Quando você tem mercadoria chegando na cadeia do produtor com menos tempo, você tem menos custo. Esse é um baita diferencial.”