18/12/2025 07h08
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O ano de 2025 foi marcado por sucessivos recordes do Ibovespa B3, mesmo com a taxa Selic em 15% ao ano. Agora, com a perspectiva de redução da taxa básica de juros e um mercado de capitais mais maduro no Brasil, a B3 vê novas oportunidades para acelerar seu crescimento.
A estratégia para 2026 se resume a duas grandes vertentes: aproveitar os negócios pró-cíclicos, explorando o momento macroeconômico possivelmente mais favorável à renda variável, e fortalecer os negócios recorrentes.
Nos últimos dez anos, reforçou Gilson Finkelsztain, CEO da B3, tanto os negócios pró-cíclicos quanto os recorrentes apresentaram taxas de crescimento semelhantes, com avanço médio anualizado de 11%, “embora com comportamentos distintos em relação aos ciclos econômicos”.
“Nossa visão estratégica não mudou. Continuamos trabalhando para fortalecer e maximizar o core business e diversificar em atividades no entorno”, afirmou Finkelsztain. “O mercado de capitais no Brasil tem um potencial muito grande, seja em renda variável, renda fixa ou balcão”.
Negócios pró-cíclicos: preparação para o próximo ciclo
Os negócios pró-cíclicos, explica Gilson, são aqueles mais sensíveis às taxas de juros. “Quando falamos do mercado de renda variável, temos uma sensibilidade negativa à taxa de juros. É o mercado que que tem mais sensibilidade aos períodos de juros elevados no Brasil – e o que mais cresce em ciclos de afrouxamento monetário”, destaca o CEO.
A estratégia para esse segmento é se antecipar ao próximo ciclo de queda de juros. “Nosso desafio é garantir que continuemos a inovar para estarmos preparados para a mudança de cenário”, diz Finkelsztain. Segundo ele, isso passa por investimentos em tecnologia, fomento à liquidez e revisão de tarifação. “O objetivo é nos anteciparmos ao ciclo para ter todos os produtos já implementados e funcionando”