Unidade fabril no município de Eunapolis, na Bahia - Foto: Divulgação 

Para otimizar as etapas do transporte de celulose da linha de produção até o terminal marítimo, a Veracel Celulose implementou uma ferramenta para automatizar a cadeia logística. O sistema consiste em um conjunto de câmeras que fazem a leitura automática das cargas na produção e no embarque. Antes, essas checagens eram feitas de forma manual.

Na prática, isso significa a adoção de um sistema que permite uma leitura automática, a partir de câmeras com reconhecimento de imagens instaladas na produção e no embarque das cargas, que saem da fábrica da empresa em Eunápolis (BA) e chegam ao Terminal Marítimo de Belmonte. A tecnologia RFID permite, inclusive, a liberação automática dos caminhões nas portarias, além do direcionamento do veículo dentro do terminal, evitando manobras desnecessárias.

O sistema também pode ser utilizado na versão mobile, o que eliminou a necessidade dos computadores de bordo nas empilhadeiras e redução de custos para a empresa.

“Essa automatização do processo da logística de celulose está diretamente ligada à estratégia de inovação da Veracel e veio para modernizar completamente nosso trajeto da celulose, trazendo muito mais agilidade e ainda otimizando o tempo das equipes, que agora podem se dedicar a atividades mais complexas, enquanto as operacionais são cobertas pela tecnologia de automação”, explica Marlon Santos Sousa, coordenador de Logística da Veracel.

O projeto foi criado pela empresa após a realização de benchmarkings com companhias de outros setores. A solução foi construída junto com o parceiro Conceitto Industrial, especializado em soluções em automação para indústrias.

O gerente de Tecnologia da Informação da Veracel, Romulo Roberto Andronhuc, informou que a ferramenta foi pensada de forma customizada para as necessidades da Veracel. “Além de todos os ganhos de eficiência gerados por sua implementação, a inovação ainda passou a oferecer dashboards completos e atualizados sobre a cadeia logística da operação, sempre à disposição das equipes”, destaca.

O processo de direcionamento do produto também foi automatizado por meio de algoritmos inteligentes, eliminando a necessidade do serviço humano para essa função. Além disso as poucas etapas de carregamento e descarregamento que não podem ter a leitura automatizada pelas câmeras também foram contempladas pelo projeto e são feitas por coletores de dados móveis, o que gera mais agilidade também nesses momentos de conferência do operador.