06/11/2025 16h36
Foto: VMOTO - Divulgação
O mercado de motocicletas elétricas no Brasil está em plena aceleração, apesar de ainda ser um nicho dentro do universo de veículos a combustão. Os dados mais recentes da Fenabrave revelam que o setor está em uma trajetória de crescimento consistente, com um aumento de 20,53% nos emplacamentos entre janeiro e outubro de 2025, saltando de 5.918 unidades em 2024 para 7.133 no mesmo período em 2025.
Pesquisas externas, inclusive, apontam que o crescimento no primeiro trimestre chegou a dobrar em relação ao ano anterior, superando 100%. Este crescimento, embora ainda concentrado em grandes centros urbanos, é totalmente impulsionado por modelos 100% elétricos, uma vez que não houve registro de emplacamento de nenhuma moto híbrida no país em 2025.
O panorama do mercado brasileiro de motos elétricas é notavelmente diferente do segmento de carros, onde grandes players globais dominam. No setor de duas rodas eletrificadas, a liderança está nas mãos de marcas especializadas e, em alguns casos, menos conhecidas do grande público:

A VMOTO (com modelos como o Super Soco CPx) detém a maior fatia, enquanto marcas como Watts, Shineray e GCX completam o Top 5. Elas apostam em modelos práticos, como scooters e motos urbanas, que oferecem baixo custo operacional e facilidade de recarga em tomadas comuns, atendendo perfeitamente ao uso diário nas cidades.
Desafios e o Futuro da Mobilidade em Duas Rodas
Apesar do entusiasmo com o crescimento, o mercado elétrico de motos ainda enfrenta barreiras significativas:
No entanto, a expectativa é de que o cenário melhore com a entrada e o investimento de grandes fabricantes como Honda e Yamaha (que já lançou a scooter elétrica Neo’s), o que deve aumentar a concorrência, baratear as baterias e pressionar por mais incentivos governamentais e uma infraestrutura de suporte mais robusta.