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Economia

Venda de ouro com indícios de ilegalidade sobe 23% em dois anos

De 2015 a 2020, foram comercializadas no país 229 toneladas de ouro com indícios de ilegalidade

13/02/2022 07h32

Foto: Divulgação 

A quantidade de ouro com indícios de ilegalidade comercializada no país cresceu 23% durante os dois primeiros anos do atual governo federal.

De acordo com o levantamento do Instituto Escolhas em 2017 e 2018, aproximadamente, 68,1 toneladas de ouro vendidas no Brasil podem ter sido extraídas de garimpos ilegais.

A quantidade do minério com indícios de irregularidades passou para 83,9 toneladas no acumulado dos dois anos imediatamente seguintes, 2019 e 2020.

A pesquisa cruzou dados sobre extração, comercialização e exportação do ouro. A quantidade de ouro ilegal comercializada no país pode ser maior ainda. Isso porque, no levantamento, o Escolhas considerou apenas um código de exportação, o do ouro bruto. "Tem ouro que pode estar sendo exportado em forma de pó ou de cinzas, o que é alarmante, pois os números que a gente traz mostram que o volume já é enorme e recorrente", explica a gerente de portfólio do instituto, Larissa Rodrigues.

Nos últimos seis anos (2015 a 2020), 229 toneladas de ouro com indícios de ilegalidade foram comercializadas no país. Isso é praticamente metade da produção nacional.

Rodrigues atribui a alta registrada nos últimos anos a três fatores: o descontrole na cadeia do produto, o aumento no preço do ouro no mercado internacional e a falta de punição por parte do governo Jair Bolsonaro às ilegalidades no setor.

Fonte: Metrópoles