07/06/2025 09h16
Foto: Divulgação
A navegação diária no Mar Vermelho aumentou 60% desde agosto de 2024, de uma média de 20 a 23 embarcações para cerca de 36 a 37, de acordo com o Contra-Almirante Vasileios Gryparis, comandante da missão naval Aspides da União Europeia. No entanto, esse número permanece abaixo dos 72 a 75 navios por dia que transitavam pela área antes do início dos ataques dos houthis do Iêmen em novembro de 2023, segundo a Reuters.
O aumento é atribuído à redução na frequência de ataques com mísseis e drones, bem como ao acordo de cessar-fogo firmado entre os Estados Unidos e os rebeldes houthis. Apesar dessa melhora, as operações comerciais continuam limitadas pelo ambiente de segurança.
Aspids
A missão Aspides foi criada para proteger a navegação nesta rota estratégica, que liga o Mar Mediterrâneo ao Golfo da Ásia através do Canal de Suez. Em fevereiro de 2025, suas funções foram expandidas para incluir o monitoramento de carregamentos ilegais de armas e a supervisão de embarcações envolvidas no transporte de petróleo russo sujeito a sanções.
Desde o seu início, a missão escoltou 476 navios mercantes, abateu 18 drones, destruiu duas aeronaves não tripuladas utilizadas em ataques e neutralizou quatro mísseis balísticos. No entanto, Gryparis observou que o número limitado de navios designados — atualmente entre dois e três operacionais — causou atrasos de até uma semana para os navios que solicitaram escolta. A missão solicitou à União Europeia a alocação de 10 unidades para melhorar sua cobertura.
Os houthis declararam que seus alvos serão limitados a embarcações israelenses ou aquelas com ligações com Israel. Segundo Gryparis, as chances de ser atacado por engano sem atender a esses critérios são inferiores a 1%, embora ele tenha reconhecido que não pode garantir totalmente a segurança de quem transita pela área.
Fonte: Mundo Marítimo