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Mais de 150 líderes da indústria e organizações que representam transporte marítimo, carga, portos, infraestrutura, energia e finanças, em conjunto com a Assembleia Geral das Nações Unidas e antes das negociações críticas sobre o clima a serem realizadas em Glasgow em novembro próximo, fizeram uma chamada por meio do declaração “Call to Action for Shipping Descarbonização” aos governos para a “total descarbonização do transporte marítimo internacional”, um objetivo que consideram “urgente e possível”.

Os signatários da chamada incluem Maersk, BHP, BP, BW LPG, Cargill, Carnival Corporation, Citi, Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, Euronav, GasLog, Hapag-Lloyd, Lloyd's Register, Mitsui OSK Lines, MSC Mediterranean Shipping Company, Olympic Shipping e Management, Autoridade do Canal do Panamá, Porto de Rotterdam, Rio Tinto, Shell, Trafigura, Ultranav, Volvo e Yara.

Cane destaca que os navios transportam cerca de 80% do comércio mundial e respondem por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Em 2018, a Organização Marítima Internacional da ONU (IMO) adotou uma estratégia inicial de GEE com o objetivo de reduzir as emissões totais anuais de GEE do transporte marítimo internacional em pelo menos 50% dos níveis de 2008 até 2050. Está planejado que a estratégia seja revisada em 2023.

Em estrito Rigor, o apelo aos Governos do mundo contém os seguintes pontos:

• Comprometa-se a descarbonizar o transporte marítimo internacional até 2050: Defina uma meta inequívoca para descarbonizar o transporte marítimo internacional18 até 2050 e fornecer um plano de implementação claro, exequível e equitativo para alcançar isso quando a Estratégia de GEE da IMO for adotada em 2023.
• Apoiar projetos de transporte marítimo de emissão zero em escala industrial por meio de ações nacionais direcionadas a navios, infraestrutura portuária e produção de combustível para reduzir o risco de iniciativas pioneiras e acelerar a inovação a partir de agora, por exemplo, estabelecendo metas claras de descarbonização para transporte nacional e fornecimento de incentivos e apoio pioneiros e a implantação mais ampla de combustíveis e embarcações com emissão zero.
• Adote medidas políticas, incluindo medidas significativas baseadas no mercado, que entrem em vigor antes de 2025 e que apóiem ​​a implantação comercial de navios e combustíveis com emissão zero no transporte marítimo internacional e que tornem os pedidos de navios com emissão zero a opção padrão até 2030.

"Para que o mundo descarbonize, o transporte marítimo deve ser descarbonizado. Nossos clientes esperam que descarbonizemos suas emissões da cadeia de abastecimento. Estamos investindo significativamente em tecnologias neutras em carbono que já estão disponíveis. Para que esses investimentos se tornem o padrão em nossa indústria, nós precisamos de uma medida baseada no mercado para fechar a lacuna competitiva entre os combustíveis fósseis e de emissão zero de hoje e os combustíveis neutros em carbono de amanhã ", disse Henriette Hallberg, CEO, Fleet & Strategic Brands da Maersk.

Por sua vez, Johannah Christensen, CEO do Fórum Marítimo Global, indicou que “a descarbonização do transporte marítimo não deve deixar nenhum país para trás. Para que a transição para o transporte marítimo e os combustíveis com emissão zero sejam equitativos e inclusivos, medidas políticas devem garantir que a descarbonização do transporte marítimo também traga empregos e oportunidades para pessoas em países em desenvolvimento e economias emergentes. "

"A descarbonização do transporte marítimo é fundamental para alcançar emissões globais líquidas zeros e cada vez mais urgente. Os formuladores de políticas têm uma oportunidade histórica de acelerar esse processo introduzindo um imposto global sobre o carbono nos combustíveis navais, para impulsionar a descarbonização e incentivar o investimento em navios e combustíveis com emissão zero. Chegou a hora de agir ", disse Jeremy Weir, presidente e CEO da Trafiguira.

"Call to Action for Shipping Descarbonização" foi desenvolvido por um grupo de trabalho multissetorial convocado pela associação que compõe o Fórum Marítimo Global, Fórum Econômico Mundial e Ação dos Amigos do Oceano, chamado Getting to Zero Coalition. Participam do grupo: Cargill Ocean Transportation, Citi, a equipe COP26 Climate Champions, a Comissão de Transições de Energia, Lloyd's Register, Porto de Antuérpia e Torvald Klaveness; entre outros.

Fonte: Mundo Marítimo