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Sustentabilidade

Projeto do Porto Sul levou em conta a proteção ambientalista

Bamin garante que o processo de licenciamento ambiental usou muita tecnologia de mitigação de impactos ao meio ambiente

05/06/2020 09h47

Foto: Divulgação

Alvo de muitas dúvidas, levantadas por grupos ambientalistas que temiam pela integridade do ecossistema da região da orla Norte de Ilhéus, o projeto de implantação do Porto Sul foi concebido de modo a provocar a menor quantidade possível de danos ao meio ambiente, de acordo com garantias fornecidas pela Bahia Mineração (Bamin), responsável pela construção e administração futura do equipamento. De acordo com a empresa, foi por isto que o Porto Sul passou por um extenso e detalhado processo de licenciamento ambiental, com amplo uso da tecnologia de mitigação de impactos. As obras iniciais do Porto Sul estão previstas para o 2º semestre de 2020 e o início da operação está previsto para o 1º semestre de 2025.

Localizado no distrito de Aritaguá, o equipamento receberá as cargas transportadas pela Ferrovia de Integração Oeste Leste - FIOL e que terão como destino final os mercados internacionais, prevendo-se a movimentação de 60 milhões de toneladas de cargas em 10 anos, chegando a 100-120 milhões em 25 anos. Maior empreendimento portuário do Nordeste do Brasil e um dos mais importantes projetos logísticos do país, com sua área de influência abrangendo os estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Mato Grosso, estima-se que a construção do porto demandará recursos de R$ 5,6 bilhões.

Reduções atmosféricas

Entre as preocupações apontadas pela Bamin, além da criação de um Parque Estadual de mais de 1.700 hectares de Mata Atlântica, está o emprego de tecnologias para redução das emissões atmosféricas, tais como esteiras transportadoras e casas de transferência de minério fechadas, para impedir o arrasto de material particulado.

A Bamin também aponta vários itens que classificam como exemplos da atenção ao meio ambiente, como a umectação das pilhas de armazenamento de minérios com polímero para evitar o arraste pelos ventos, sistemas de esgotamento sanitário modulares pra tratamento de esgotos, unidades especiais para a captação de drenagem dos pátios de minério e separação do material particulado, reuso de água industrial, caixas separadoras de água e óleo para separação e tratamento de drenagens oleosas, programa de gerenciamento de resíduos sólidos para o controle e destinação adequada de todos os resíduos gerados pelo empreendimento.

Até a localização do Porto Sul, em uma bacia rebaixada, foi citada pela Bamin como parte das preocupações ambientais, uma vez que a característica da topografia protege os pátios da ação dos ventos, planejamento da ponte de embarque de produtos com um trecho elevado, o qual foi dimensionado para assegurar a passagem das embarcações de pesca que transitam na região, ajustes da poligonal do porto para reduzir as desapropriações, dentre outras medidas.

Corredor logístico

O controle acionário da Bamin é do Eurasian Resources Group (ERG), que tem mais de 20 anos de sucesso na área de mineração e um portfólio de ativos de produção e projetos de desenvolvimento em 14 países, cruzando quatro continentes e emprega cerca de 80 mil pessoas. O ERG é o maior produtor mundial de ferrocromo, um dos mais importantes especialistas em minério de ferro, um dos dez principais produtores de alumina e o principal produtor de cobre e cobalto.

O Porto Sul é um empreendimento vinculado com outra operação da Bamin na Bahia, a mina de ferro que fica no município de Caetité (Projeto Pedra de Ferro) e a previsão da empresa é que ambos poderão gerar mais 10 mil empregos diretos e 60 mil indiretos na implantação e 1.500 empregos diretos e 9 mil indiretos na operação, no total, são cerca de 12 mil empregos diretos e 70 mil indiretos gerados na Bahia. E os dois empreendimentos têm ligação direta com outro importante projeto, da implantação da Ferrovia de Integração Oeste Leste, a FIOL, que irá escoar a produção de ferro até o Porto Sul e criará um novo corredor logístico no Estado.