17/02/2022 07h03
Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil
Um estudo realizado pela consultoria Gmattos, de janeiro de 2021 a janeiro de 2022, revelou que a utilização do Pix vem ganhando espaço como forma de pagamento preferida pelo e-commerce. A aceitação nas maiores lojas online do Brasil cresceu 281%.
Se antes, somente 16,9% contavam com essa opção, agora ela está disponível em 64,4% das empresas. Atualmente, o Pix só fica atrás do cartão de crédito (98,3% de aceitação) e do boleto bancário (74,6%).
O levantamento analisou 59 lojas online, que representam 85% do comércio eletrônico do país. Para o economista e diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira, não deve demorar muito para que o Pix se torne o segundo meio de pagamento mais popular nos comércios online do Brasil.
"Ele é vantajoso para o cliente que tem o seu processo de entrega agilizado, levando em consideração que o boleto bancário pode levar até dois dias úteis para ser compensado. E também para a empresa, que consegue atender melhor, aumenta sua taxa de conversão de venda (dado que o boleto abre maior margem para desistência) e ainda evita golpes de compras falsas", afirma.
Conforme o portal especializado e-Commerce Brasil, o Pix ainda traz uma economia de até 80% em taxas para os lojistas que vendem por ele, em comparação às tarifas cobradas pelos outros meios.
"Isso explica o porquê o cartão de débito está na contramão do Pix e vem diminuindo sua aceitação nas lojas online. Ambos têm a liberação da venda na hora, mas as taxas cobradas aos vendedores são maiores", pontua Pereira. O cartão de débito diminuiu sua aceitação de 37,3% para 30,5% em um ano.
Dados do Banco Central do Brasil, de janeiro de 2021 para janeiro de 2022, apontam não foi apenas nas lojas online que o pagamento instantâneo teve uma grande aceitação. Cresceu em 105% o número de pessoas jurídicas cadastradas no Pix. No total, o aumento foi de 3.987.196 usuários para 8.203.985.