13/06/2020 09h46
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Especialistas ouvidos pelo Ministério da Fazenda no relatório Prisma Fiscal (uma espécie de Boletim Focus das contas públicas) pioraram as estimativas para o resultado das contas públicas neste ano. O déficit primário do governo central – conceito que reúne as contas de Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central – foi estimado por eles em R$ 708,8 bilhões agora em junho, ante R$ 571,4 bilhões de rombo na estimativa feita no mês passado.
Para 2021, a estimativa de déficit saltou de R$ 169,4 bilhões para R$ 200 bilhões. Apesar da elevação na projeção do buraco fiscal para o ano que vem, muitos economistas duvidam da capacidade de uma redução tão rápida do déficit de um ano para o outro. Os números correspondem à mediana das estimativas dos analistas, que foram colhidas até o quinto dia útil do mês.
No caso da dívida bruta, um dos principais indicadores de solvência observados pelo mercado internacional, a projeção está agora em uma cifra equivalente a 92,68% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, ante 89,95% no mês anterior. Para 2021, essa previsão passou de 88,60% para 92,79%.
Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), essa edição do Prisma Fiscal coletou informações junto a 53 instituições, refletindo a visão do setor produtivo durante período caracterizado pelo agravamento da crise da Covid-19 e pelas medidas de isolamento social, adotadas em diversos níveis, por estados, Distrito Federal e municípios.