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A maior obra de dragagem do país acontece na Baía da Babitonga, em Santa Catarina. O serviço é realizado pela draga Galileu Galilei, uma das mais modernas do mundo, que atracou no Porto de São Francisco do Sul no último sábado (11).

Após a emissão da última licença ambiental pelo Ibama, a draga começou o aprofundamento do canal externo, em uma área cujos sedimentos não podem ser lançados na praia. Em paralelo, a tubulação para o engordamento da orla de Itapoá já está posicionada na praia Pontal do Norte. Nas próximas semanas, a tubulação será estendida para dentro do mar, permitindo o alargamento da faixa de areia em até 200 metros, dependendo das condições climáticas.

“Até o início do engordamento, moradores e turistas vão se deparar com a tubulação ocupando cerca de 400 metros da praia”, explica Vinicius Delfim, gerente de Contratos da Jan De Nul do Brasil, proprietária da Galileu Galilei. A logística da obra inclui movimentação de caminhões e contêineres, planejada para interferir o mínimo possível no fluxo turístico da região.

Impacto econômico e capacidade portuária

O projeto, orçado em R$ 333 milhões, prevê o aumento de profundidade do porto de 14 para 16 metros, permitindo a atracação de navios de até 366 metros de comprimento. Com a conclusão da obra, prevista para o segundo semestre de 2026, a Baía da Babitonga se tornará o primeiro complexo portuário do Brasil capaz de receber embarcações desse porte com carga máxima, fortalecendo a logística, o comércio e o transporte de cargas de grande porte na região.

Além do aumento da capacidade portuária, a obra traz benefícios turísticos e ambientais, combinando desenvolvimento econômico, melhorias na orla e preservação ambiental, em uma parceria inédita entre portos e municípios catarinenses.