17/05/2025 11h05
Foto: Green Mining - Divulgação
Neste sábado (17), Dia Mundial da Reciclagem, a Green Mining reforça a importância de enxergar os resíduos como oportunidade, tanto ambiental quanto social. Um dos maiores exemplos dessa visão é a Estação Preço de Fábrica, projeto criado pela startup para comprar diretamente de catadores e carroceiros os materiais recicláveis que seriam descartados. O resultado é renda digna, incentivo à coleta seletiva e redução do impacto ambiental.
Na unidade localizada em Pinheiros (SP), o carroceiro Everaldo Fernandes Santana, de 51 anos, é um dos personagens que ilustram o impacto social da iniciativa. Ele coleta e separa embalagens pós-consumo por toda a região e as vende diretamente na Estação, onde recebe valores justos. "Em uma semana boa, consigo fazer até R$ 700 reais. Isso mudou minha vida", afirma. O valor representa uma média mensal de R$ 2.800, uma renda que supera o salário-mínimo e contribui para a autonomia financeira dos trabalhadores da reciclagem.
Segundo Rodrigo Oliveira, CEO da Green Mining, o diferencial da Estação Preço de Fábrica está justamente na valorização de quem está na base da cadeia. "Pagamos o preço da indústria diretamente para o catador, sem intermediários. Isso eleva a renda de quem coleta e estimula a separação correta de diferentes tipos de resíduos, inclusive aqueles com menor valor de mercado, como o vidro e as embalagens longa vida", explica.
Desde a sua criação, o projeto já comprou e destinou para a reciclagem mais de 5 mil toneladas de embalagens, promovendo a economia circular e evitando que resíduos sigam para lixões ou rios urbanos. A iniciativa também é um importante canal de educação ambiental, ao incentivar consumidores a entenderem o valor dos materiais descartados e o papel de cada um em prol do meio ambiente.
Atualmente, a Green Mining mantém estações em diversas regiões do Brasil, como São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Tocantins, operando com apoio de parceiros públicos e privados, promovendo inclusão e sustentabilidade.
"Reciclagem não é apenas uma questão ambiental, mas de justiça social. No Brasil, milhares de pessoas dependem da coleta para sobreviver. Quando reconhecemos isso e remuneramos de forma justa, a reciclagem passa a ser, de fato, uma solução", conclui Rodrigo Oliveira.