13/10/2025 09h43
Foto: Divulgação
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 seguiu de 2,16%, pela 5ª semana consecutiva. Considerando apenas as 39 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa caiu de 2,19% para 2,17%.
O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre, divulgado nesta segunda-feira (13). Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.
A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também permaneceu estável, em 1,80%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando só as 38 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,79% para 1,81%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 caiu de 1,90% para 1,83%. Quatro semanas antes, era de 1,90%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,00% pela 83ª semana seguida.
Dólar
A cotação do dólar no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,45. Um mês antes, era de R$ 5,50. A estimativa intermediária para o fim de 2026 diminuiu de R$ 5,53 para R$ 5,50. Um mês antes, era de R$ 5,60.
A projeção para a moeda americana no fim de 2027 oscilou de R$ 5,56 para R$ 5,51. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,60. A estimativa para o fim de 2028 permaneceu em R$ 5,56. Um mês antes, era de R$ 5,54.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
Selic
Segundo o relatório Focus, a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 16ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.
Na ata, o Copom reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Repetiu também que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
O colegiado detalhou que, “na medida em o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.
Considerando apenas as 49 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano também seguiu em 15,00%.
A mediana para a Selic no fim de 2026 permaneceu em 12,25%. Há quatro semanas estava em 12,38%. Considerando só as 49 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana subiu de 12,0% para 12,50%.
A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 35ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 42ª semana consecutiva.
Fonte: Estadão Conteúdo