05/03/2020 15h44
Foto: Divulgação
A Flybe encerrou as suas operações na noite desta quarta-feira (04), visto que praticamente todas as suas aeronaves foram apreendidas.
Um empréstimo fazia parte de um pacote de medidas anunciadas pelo governo do Reino Unido para ajudar a resgatar a Flybe, além de conceder uma incentivo nos impostos. Mas o pedido da companhia aérea não atendeu a certos critérios estabelecidos pelo governo, segundo oficiais da Whitehall. Sem o empréstimo, a companhia não conseguiu garantir o pagamento aos seus credores.
Os últimos voos da Flybe foram os BE7308 para Manchester e BE2111 para Heathrow, todas as operações foram encerradas às 21h00 (horário local).
A Flybe, que emprega 2.400 pessoas e é responsável por quase 40% de todos os voos domésticos do Reino Unido e transporta mais de 9 milhões de passageiros anualmente. Cerca de 88 de suas 120 rotas não são voadas por nenhuma outra companhia aérea do Reino Unido, logo, a falência da companhia pode causar um pequeno “apagão aéreo” no país.
A companhia operava com 9 aviões Embraer E175, com capacidade para 88 passageiros, e 54 aviões turboélice Dash-8-400, com capacidade para 78 passageiros.
Muitos passageiros foram às mídias sociais na noite desta quarta-feira, perguntando à Flybe o que acontecerá com os voos reservados amanhã e nos próximos dias e semanas. Alguns haviam reservado sua viagem apenas algumas horas antes de se tornar evidente que havia sérios problemas na empresa.
Outros estavam a bordo de aviões, que tiveram que voltar ao terminal depois de taxiar para a pista.
A Flybe foi comprada em fevereiro de 2019 por um consórcio liderado pela Virgin Atlantic, chamado Connect Airways. Também estão no consórcio o Stobart Group e a empresa de financiamento Cyrus Capital Partners.
Por muitas vezes a Flybe foi mencionada como um embrião para a criar a Virgin Connect.
A companhia aérea enfrenta dificuldades financeiras há anos, o que resultou em uma tentativa de resgate da Connect Airways, um consórcio liderado pela Virgin Atlantic e Stobart Air. No entanto, isso apenas interrompeu temporariamente os problemas, já que a companhia aérea consultou o governo do Reino Unido para evitar um possível colapso.
Fonte: Aeroflap