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Transporte Terrestre

Consórcios podem tornar carros elétricos mais viáveis

Parcelas mais em conta e ausência da taxa de juros podem atrair ainda mais clientes para os consórcios

04/12/2022 09h18

Foto: Divulgação 

A aquisição de carros elétricos no Brasil ainda é difícil para a maior parte da população do país, afinal, o Renault Kwid E-Tech parte de R$146.990, e apesar de ser o mais barato do mercado, ainda é muito além do poder financeiro de muitas pessoas.

Entretanto, o consórcio surge como uma modalidade de negócios financeiros interessante para quem planeja adquirir um carro elétrico, mas não tem necessidade de ter o veículo em mãos imediatamente, ou apenas deseja fugir das altas taxas de juros cobradas pelos financiamentos. 

Segundo Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios, uma das principais empresas do segmento no país, essa modalidade de negócio é interessante para quem é adepto do planejamento financeiro.

"Contratar consórcio tem sido uma alternativa para o brasileiro que precisa se planejar para adquirir seus bens. As altas taxas de juros cobradas pelos financiamentos comuns têm afastado os consumidores, ao passo que os consórcios, na maioria das vezes, trazem mensalidades que cabem no bolso do cidadão comum", afirma o executivo. 

Nos consórcios, o cliente paga as parcelas, até que seja totalizado o valor contratado, mas pode ser contemplado nos sorteios que acontecem no período, recebe o dinheiro para comprar o bem, e segue pagando até totalizar o valor contratado.

Nessa modalidade não existem juros, apenas taxas de administração pelo contrato do consórcio.

Segundo o Serasa, o cliente é quem escolhe o valor das parcelas e também em quanto tempo pagar, e que a média de um consórcio automotivo é de 72 meses (6 anos).

Nesse contexto, o consórcio pode ser interessante, já que o cliente escolhe o quanto pagar e também terá a garantia da carta de crédito após o período contratado. No caso de carros elétricos, nesse tempo podem ser ofertados modelos mais interessantes para o cliente, além de isenções de impostos e uma maior rede de recarga nas cidades.

Para Ricardo David, sócio diretor da Elev, empresa especializada em soluções para o segmento de carros elétricos, esses modelos podem se tornar mais em conta que veículos com motores a combustão, mas dependem de investimentos.

“Os carros elétricos podem se tornar, até mesmo, mais baratos que os veículos a combustão. Porém, isso é algo para o futuro, que virá com muito investimento, desenvolvimento tecnológico e com planejamento. Principalmente no desenvolvimento das baterias", afirma Ricardo David.

“Ainda precisamos de um planejamento sério sendo realizado pelo Estado brasileiro. Nesse segmento, ainda estamos engatinhando”, completa o executivo.

Em geral, os carros elétricos são mais caros que modelos a combustão equivalentes em todo o planeta, isso porque as baterias desses modelos são fabricadas com elementos químicos raros e de extração complexa como níquel, cobalto, lítio.

Já existem fabricantes que, sabendo da escassez e até mesmo impactos negativos ao meio ambiente, buscam o desenvolvimento de baterias sem esses elementos, o que pode baratear os componentes, e consequentemente os carros eletrificados em geral.

Fonte: iG Carros