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A CMA CGM anunciou a expansão de sua rede Bigex Lines com o lançamento dos novos serviços ' Bigex 3' e ' Bigex 4'. Essas novas rotas complementarão as rotas existentes ‘Bigex 1’ e ‘Bigex 2’, melhorando a conectividade entre o subcontinente indiano, o Golfo e o Mar Vermelho com tempos de trânsito otimizados e maior capacidade para contêineres refrigerados.

Detalhes importantes  

O serviço ' Bigex 3' estabelecerá uma conexão direta entre a Índia e o Mar Vermelho, oferecendo tempos de navegação reduzidos até o porto de Jeddah. Seu itinerário inclui Nhava Sheva, Mundra, Salalah e Jeddah, com frequência semanal a partir de 22 de fevereiro.

Por outro lado, o Bigex 4 permitirá a conexão entre a Índia, a Arábia Saudita e o Iraque, facilitando o movimento em direção ao porto de Dammam em tempos mais rápidos. Sua rotação cobrirá Nhava Sheva, Mundra, Dammam e Umm Qasr, iniciando suas operações em 24 de fevereiro.

Contexto geopolítico

O analista Lars Jensen disse que o serviço Bigex 3 cruzará a chamada Zona Houthi no Mar Vermelho e operará com três navios: Wadi Duka, Folk Jeddah e Zhu Cheng Xin Zhou. De acordo com Jensen, dois desses navios já estavam em operação por meio de uma colaboração entre a Folk Maritime e a Asyad Shipping, enquanto a CMA CGM fornecerá o terceiro navio para aumentar a frequência do serviço.

O presidente da Autoridade do Canal de Suez, Osama Rabie, disse que a crise no Mar Vermelho não criou uma rota alternativa viável para o canal, mas mencionou alguns sinais de estabilidade na região. Desde novembro de 2023, ataques de militantes Houthi interromperam o tráfego marítimo na área, forçando muitos navios a desviar sua rota pela África, aumentando os custos de transporte e seguro.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, disse que a situação resultou em uma redução de 60% nas receitas do Canal de Suez, com perdas estimadas em US$ 7 bilhões até 2024.

Além disso, declarações do ministro das Finanças israelense mencionam discussões com equipes dos EUA sobre a possibilidade de realocar a população palestina para fora de Gaza. Se esse plano for implementado, espera-se que a crise no Mar Vermelho piore, o que poderá afetar ainda mais o comércio marítimo na região.

Paralelamente, uma ordem executiva assinada recentemente pelo presidente Donald Trump estabelece que todas as agências federais independentes nos Estados Unidos devem submeter seus regulamentos e estratégias à Casa Branca para revisão. Embora o impacto específico na Comissão Marítima Federal (FMC) não tenha sido determinado, esta medida pode influenciar o setor de transporte marítimo.

Fonte: Mundo Marítimo