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A cesta com produtos típicos das festas juninas, como milho, arroz e fubá, subiu menos que a inflação no período de um ano. O levantamento feito pela analista de research da Rico, Maria Giulia Figueiredo, aponta que a cesta, composta por 12 itens, subiu 3,81% entre abril de 2024 e abril de 2025, contra 5,53% do IPCA no mesmo período.

Em um prazo de cinco anos, porém, a situação se inverte: a alta da cesta junina foi de 51,59%, contra 36,77% da inflação geral.

“A cesta junina reflete a complexidade da economia brasileira: é influenciada por safras, clima, logística, câmbio e demanda sazonal. Para 2025, a expectativa é de alívio nos preços de alimentos, graças às safras robustas e à política monetária contracionista”, explica Maria Giulia.

Milho e arroz mais baratos

Alguns produtos registraram deflação e ficaram mais baratos: arroz (-8,85%), fubá (-2,86%) e milho-verde em conserva (-4,61%). As boas safras de 2024 foram o principal fator do preço mais baixo: segundo a Conab, a colheita de arroz deve crescer 14,8%, enquanto a de milho deve avançar 9,9% na temporada 2024/25.

Mas nem tudo é alívio. O óleo de soja lidera o ranking de altas, com avanço de 23,16% em 12 meses e 121,57% em cinco anos. A alta demanda por produção de biodiesel e problemas de oferta explicam essa disparada.

A carne-seca, muito usada em pratos como escondidinho e feijoada, subiu 13,07%. Até a mandioca ficou mais cara: alta de 4,40% no ano e 92,42% no acumulado desde 2020.

As bebidas alcoólicas também tiveram alta: o vinho subiu 5,13% e a cerveja, 4,51% no último ano. Já os artigos de armarinho, usados em trajes caipiras e decorações, encareceram 6,82%.

Confira a variação de preços da cesta junina