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Economia

Carteira de crédito subiu 16% em 2021, maior alta desde 2012

Projeção da Febraban é que crédito destinado às famílias teve expansão de 20,1% no ano passado

21/01/2022 08h00

Foto: Divulgação

A carteira de crédito de 2021 deve encerrar o ano com alta de 16% no saldo total, o melhor desempenho desde 2012, quando subiu 16,4%, e acima de 2020, com 15,6%. A projeção foi divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo a Pesquisa Especial de Crédito da associação, os números de 2021 devem ficar acima das expectativas, resultado de uma atuação forte dos bancos no ano, retomada da economia com a vacinação e de um crescimento ininterrupto da concessão de crédito às famílias, com expansão esperada de 20,1%.

A projeção inicial da Febraban para 2021 era de crescimento de 13,9%. No caso das concessões, é esperado aumento de 18% no volume em relação a 2020. As operações com recursos livres devem apresentar alta de 19,6%, com mais concessões tanto para famílias quanto empresas.

Para o mês de dezembro, a expectativa é de alta de 2% na carteira de crédito, o que seria o melhor desempenho no mês desde 2014. O crédito livre deve subir 2,7%, com um forte desempenho nas linhas de concessão ligadas ao consumo.

No caso das concessões em dezembro, é projetado queda de 7,6%. Segundo a Febraban, o dado pode indicar um arrefecimento do crédito nas próximas leituras, considerando o cenário de piora das condições econômicas e alta da taxa básica de juros, a taxa Selic.

O levantamento aponta que as instituições financeiras disponibilizaram cerca de R$ 7,5 trilhões em crédito desde o início da pandemia.

Foram repactuados 18,7 milhões de contratos, com viabilização de recebimento do auxílio emergencial para 14 milhões de pessoas que não tinham atendimento bancário anteriormente.

O saldo de empréstimos por bancos para microempresas subiu 52% na pandemia. Para pequenas empresas, a alta foi de 38%. A concessão de crédito rural subiu 212%, e o de compra de casa própria, 51,6%.

Especificamente na carteira de pessoa jurídica, o crescimento em 2021 deve ser menor que o de 2020, com projeção de 10,8%.

A Febraban afirma que o resultado é influenciado pelo desempenho fraco da carteira de recursos direcionados, com queda de 0,1%, devido ao fim de programas públicos de crédito.

“Ainda que seja inferior à média, esse avanço na carteira de pessoa jurídica é muito expressivo, considerando que ela cresceu 21,8% em 2020. Também no ano passado houve a reabertura do mercado de capitais, o que deslocou parte importante da demanda de crédito das grandes empresas do crédito bancário para esta fonte de financiamento”, afirma Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban.

Fonte: CNN