16/08/2025 10h39
Foto: Divulgação
O Canal do Panamá comemora 111 anos de operação, desde sua inauguração em 1914, com a histórica passagem do navio a vapor "Ancón", que conectou os oceanos Pacífico e Atlântico pela primeira vez. Por ocasião desta comemoração, a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) enfatiza em um comunicado que a hidrovia "tem sido uma força motriz do desenvolvimento econômico e social do Panamá e uma transformadora do comércio marítimo global".
Ele também observa que, nos últimos 25 anos, sob administração panamenha, a hidrovia interoceânica contribuiu com US$ 28,266 bilhões em pagamentos diretos ao Tesouro Nacional, além de US$ 15 bilhões em investimentos para projetos de capital, manutenção operacional e gestão de bacias hidrográficas.
“Em 25 anos, sob administração panamenha, o canal dobrou sua capacidade, expandiu suas eclusas e reforçou sua segurança. De uma etapa estratégica, evoluiu para um modelo de eficiência, transparência e comprometimento técnico. Cada dólar gerado é reinvestido para garantir que esta artéria continue a fluir para servir o mundo, enquanto o excedente é destinado ao desenvolvimento social do Panamá”, afirma o administrador do canal, Ricaurte Vásquez Morales.
Compromisso ambiental e sustentabilidade
O ACP enfatiza que a hidrovia interoceânica mantém uma sólida estratégia de sustentabilidade, com forte foco na descarbonização e na adaptação às mudanças climáticas. Em linha com a meta da Organização Marítima Internacional (OMI), comprometeu-se a atingir a neutralidade de carbono até 2050.
As principais ações nesse sentido incluem metas específicas de redução de emissões e a aquisição de 10 rebocadores com sistemas de propulsão híbridos, os dois primeiros dos quais foram batizados hoje: "Isla Barro Colorado" e "Isla Bastimentos". Essas ações reduzem significativamente as emissões, melhoram a eficiência energética e reduzem o ruído subaquático, beneficiando a vida marinha.
O ACP também destaca seu impacto ambiental, já que os motores elétricos com os quais estão equipados permitem economias consideráveis de combustível e aumentam os intervalos de manutenção, aumentando assim a eficiência operacional.
Impacto social e progresso do projeto Lago Río Indio
O ACP destaca ainda que a gestão sustentável da bacia hidrográfica beneficia milhares de pessoas por meio de programas socioambientais como regularização fundiária, reflorestamento, agronegócio e educação ambiental.
Nesse contexto, ele explica que o projeto de criação de um lago na bacia do Rio Índio, atualmente em desenvolvimento, busca melhorar a qualidade de vida das comunidades locais e preservar seu meio ambiente. "Seu objetivo é garantir a segurança hídrica de mais de dois milhões de panamenhos que dependem dos lagos do Canal, um recurso vital para mais da metade da população e para setores produtivos como agricultura, indústria, educação, saúde e comércio."
Segundo a entidade, o projeto avança com uma abordagem abrangente que incorpora planos de desenvolvimento sustentável para as comunidades da bacia e salvaguardas ambientais alinhadas às melhores práticas internacionais, equilibrando o desenvolvimento da infraestrutura com a preservação ecológica e o respeito aos direitos das famílias afetadas.
Projetos estratégicos
Com uma visão focada no desenvolvimento nacional e regional, a ACP acrescenta que está promovendo quatro iniciativas estratégicas: um corredor energético, novos terminais portuários, um corredor logístico e o fortalecimento do sistema hídrico. "Esses projetos buscam gerar valor a longo prazo, fomentar a inovação e consolidar o Panamá como um polo fundamental para o comércio e a conectividade global."
"Em seu 111º aniversário, o Canal do Panamá reafirma seu papel como um motor de desenvolvimento sustentável, comprometido com o Panamá, seu povo e o comércio global", conclui o ACP.