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A Airbus entregou 73 aeronaves a 41 clientes em setembro, registrando o melhor resultado mensal do ano e o maior desempenho para o mês na história do fabricante europeu.

O volume superou em 23 unidades as entregas de setembro de 2024 e representou crescimento de doze aeronaves em relação a agosto.

Avanço após semestre lento

O resultado ocorre em um ano marcado por atrasos na cadeia de suprimentos, especialmente relacionados às fornecedoras de motores Pratt & Whitney e CFM. Mais de sessenta aeronaves da família A320 permanecem finalizadas, mas sem motores instalados, configurando os chamados gliders.

Esses atrasos limitaram o ritmo de produção no primeiro semestre, quando a Airbus registrou média de 45 entregas mensais no primeiro trimestre e 56 no segundo.

Meta ambiciosa para 2025

A Airbus soma 507 aeronaves entregues desde janeiro e ainda precisa de 313 unidades para atingir a meta de 820 entregas em 2025. Isso implica manter um ritmo médio superior a cem entregas mensais no quarto trimestre, acima da cadência atual. Apesar da pressão, a fabricante já demonstrou capacidade de aceleração: em dezembro de 2024 foram entregues 123 aeronaves em um único mês.

Modelos em destaque

A família A320 concentrou a maior parte das entregas de setembro, com dezoito A320neo, quarenta A321neo e um raro A319neo destinado à Air China. No segmento de fuselagem larga, a Air Côte d’Ivoire recebeu seu primeiro A330-900, que marca a introdução de aeronaves widebody em sua frota e viabiliza voos diretos entre Abidjan e Paris.

Clientes estratégicos

Até setembro, três companhias aéreas destacaram-se pelo volume de aeronaves recebidas: China Southern (34 unidades), Delta Air Lines (31) e IndiGo (31). Entre os marcos recentes, a Air Niugini recebeu seu primeiro Airbus, um A220-300, em cerimônia que coincidiu com os cinquenta anos de independência da Papua-Nova Guiné. Já a Croatia Airlines incorporou o A220-100 de maior capacidade do mundo, configurado para 127 assentos.