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Sustentabilidade

85% dos brasileiros valorizam marcas com logística reversa

Dado de pesquisa reforça a expectativa crescente da sociedade por práticas ambientais concretas por parte das empresas

25/11/2025 08h21

Foto: Divulgação

A mais recente edição da pesquisa “Resíduos Eletrônicos no Brasil 2025”, realizada pela Green Eletron em parceria com a Radar Pesquisas, revelou que 85% dos brasileiros valorizam e reconhecem marcas que investem em logística reversa. O levantamento, que ouviu quase 3 mil pessoas de todo o país, confirma uma mudança significativa na percepção da sociedade: o compromisso ambiental passou a ser um critério de escolha e até de fidelização de marcas por parte dos consumidores.

A pesquisa mostra que a sociedade já reconhece esse movimento e espera que as marcas assumam um papel protagonista para:

  • Ampliar pontos de coletas, facilitando o acesso da população a soluções de logística reversa;
  • Promover a economia circular, por meio da reciclagem e reinserção de materiais na cadeia produtiva;
  • Engajar consumidores e parceiros em campanhas de conscientização ambiental;
  • Reforçar a governança ambiental e social como parte da estratégia de negócios.

A pesquisa indica que a logística reversa já é reconhecida como um valor para a sociedade brasileira e, embora o levantamento não trate diretamente de entidades gestoras, o cenário que ele descreve ajuda a contextualizar a importância de organizações como o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) e a Green Eletron, que coordenam sistemas coletivos de logística reversa nos setores agropecuário e eletroeletrônico, respectivamente. A expectativa crescente por práticas ambientais concretas tem reflexo direto sobre a forma como diferentes setores estruturam suas cadeias de descarte e encontram nessas entidades modelos organizados de resposta.

No setor agropecuário, o inpEV coordena há mais de duas décadas um sistema coletivo de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Hoje, reúne 214 indústrias associadas e 10 entidades representativas do agronegócio, articulando uma cadeia de devolução que inclui agricultores, canais de distribuição e poder público. A organização também publica anualmente seu inventário de emissões de gases de efeito estufa, com Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol. Desde o início da operação, o volume destinado ambientalmente de embalagens já ultrapassa 800 mil toneladas.

Já a Green Eletron opera como entidade gestora da logística reversa de eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis. Desde 2016, a organização recolheu 20 mil toneladas de lixo eletrônico e está presente em mais de 1.300 cidades. A entidade também atua na articulação com comerciantes e varejistas, com empresas fabricantes, importadoras e distribuidoras, e com a administração pública para viabilizar a estruturação do sistema e ampliar o acesso da população ao descarte ambientalmente adequado.

Apesar das diferenças setoriais, ambas compartilham um ponto central: a responsabilidade de viabilizar a logística reversa em escala, com monitoramento, rastreabilidade e governança técnica, contribuindo para o cumprimento das exigências legais e para a resposta organizada à demanda social por práticas ambientais concretas.

Logística reversa como ativo reputacional

Segundo Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, o dado da pesquisa reforça o que já se observa no campo: “O consumidor está mais atento, mais exigente e quer ver soluções reais. A logística reversa, que antes era vista como um simples cumprimento da lei, hoje é um diferencial competitivo. As marcas que entenderem isso sairão na frente.”

Para o inpEV, essa mudança de percepção valoriza a atuação de entidades que há anos trabalham com seriedade e resultados consistentes. “Nosso papel é viabilizar, com profissionalismo e visão sistêmica, soluções que conectem sustentabilidade, responsabilidade compartilhada e impacto mensurável. Esse dado só reforça a importância de continuar investindo em estruturas eficientes, com transparência e engajamento”, celebra Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV.